Filho biológico de Cid Moreira acusa pai de abandono afetivo e desiste de ser amado: ‘Me machuca’
15/07/2021 às 18h16
Rodrigo Radenzev Simões Moreira, filho biológico de Cid Moreira, revelou durante entrevista para Fabíola Reipert, que nunca recebeu afeto do pai. Na conversa, exibida no Balanço Geral São Paulo desta quinta-feira (15), o filho do jornalista contou que já chegou a processar o pai em R$1 milhão por abandono afetivo, mas perdeu a ação e acabou desistindo de ser amado e ter uma relação familiar com o ex-âncora do Jornal Nacional.
A ação foi aberta no ano de 2006 e correu sigilosamente na Justiça. “Entrei com processo de abandono de paternidade, o dinheiro foi consequência do afeto. Como ele vai me dar amor, como ele vai pagar amor? Não tem preço. Ele não quer ser meu pai. Eu perdi o processo e deixei quieto, não quis mais mexer nessa ferida”, revelou Rodrigo Simões.
O filho é fruto do casamento de Cid Moreira com Olga Verônica Radenzev Simões. Eles começaram o relacionamento no início da década de 1970. “O Cid e a minha mãe conviveram até quando eu tinha um ano e meio. Minha mãe deixou o Cid, não foi o Cid que deixou a minha mãe”, contou.
“Minha mãe me contou, eu não me recordo, que eu estava aprendendo a andar e derrubei objetos no chão ao puxar uma toalha de mesa. Ela me disse que ele me bateu. Ela não suportou isso, é um detalhe que poucas pessoas sabem”, afirmou ele para Fabíola Reipert.
Após o divórcio, a mãe teria tentado auxiliar na reaproximação entre o pai e o filho. Ambos se encontraram quando Rodrigo tinha seis e quando tinha nove anos. Porém, Rodrigo Simões não guarda recordações positivas desses encontros.
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“Eu tinha nove anos, e minha mãe tentou uma nova reaproximação. Nós fomos até um hotel no Rio de Janeiro, ele foi nos visitar e ficou combinado que eu iria no apartamento dele no dia seguinte. No dia seguinte, eu fui pra lá, e 10 minutos depois ele saiu, foi pro estúdio trabalhar e me deixou no apartamento com a mulher, depois a mulher dele também saiu. Fiquei uma tarde inteira sozinho me escondendo de um cachorro”, contou.
Segundo Rodrigo, Cid Moreira pagou a pensão corretamente até o filho completar 18 anos, mas nunca chegou a demonstrar afeto por ele. O herdeiro tentava conseguir algum contato com o pai através de sua tia (irmã do jornalista), que faleceu. Anos atrás, no velório, houve um reencontro:
“Com a morte da minha tia, nós nos encontramos, e eu criei uma expectativa de poder conviver. Ele até aceitou a princípio, me convidou pra ir pro Rio de Janeiro. Mas cheguei e estava ele acompanhado de dois advogados. Falei que tinha ido como filho, não como inimigo. Aí ele deu uma desarmada, a gente ficou um tempo conversando e depois foi todo mundo almoçar”.
“Terminou o almoço, cada um foi pro seu carro, e eu fiquei lá. Depois desse dia, a gente marcou uma partida de tênis, mas o advogado dele me ligou falando que não teria reaproximação e me mandando voltar pra São Paulo”, relatou Rodrigo.
Após esse ocorrido, o filho decidiu entrar com o processo contra o pai, mas acabou sendo derrotado na Justiça. “Esse assunto me machuca demais, é parte da minha vida que eu gostaria de enterrar, mas não tem como. Sequelas ficaram disso e vão ficar pra sempre, eu amenizo e tento esquecer. Mas relembrando tudo isso eu não me sinto bem. Me machuca, não entendo que raiva ele tem de mim. Nunca fiz nada pra ele”, lamentou o filho de Cid Moreira.
Ao ser questionado por Fabíola a respeito de qual seria o pedido que Rodrigo faria para Cid, ele respondeu: “Eu gostaria do impossível, que seria ele me abraçar, sair comigo, e eu saber um pouco dos gostos dele, o que ele gosta de comer. Uma convivência de pai pra filho, mas isso é impossível”.
Em nota publicada pelo Balanço Geral, lida por Reinaldo Gottino, a assessoria de Cid Moreira desmentiu que o jornalista tivesse agredido o filho e argumentou que o divórcio com Olga aconteceu por ela ser ciumenta. A equipe do jornalista também negou que o menino tenha ficado sozinho no apartamento quando tinha nove anos.
Além de Rodrigo Moreira, Cid também chegou a ser alvo de acusações de Roger Moreira, filho adotivo que disse ter sido “deserdado” pelo apresentador. Apesar do desentendimento, a legislação brasileira não permite deserdar filhos.
Autor(a):
Flavia Fasanella
Tenho 23 anos e estou cursando o último semestre de Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Minha maior paixão, desde sempre, foi a escrita, e usar o Jornalismo para tocar a vida das pessoas.