O café, símbolo nacional presente na mesa de todos os brasileiros, foi alvo de uma operação que acendeu um alerta na ANVISA
O café é parte indissociável da cultura brasileira, presente em 97% dos lares, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
No entanto, recentes fiscalizações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revelaram substâncias proibidas e a descoberta acendeu o alerta da ANVISA, pois representou:
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- Práticas fraudulentas em algumas marcas;
- Risco à confiança do consumidor;
- Risco na segurança alimentar em risco.
Marcas reprovadas por irregularidades
Em maio de 2024, o Mapa determinou a retirada de três marcas de café do mercado:
- Melissa;
- Pingo Preto;
- Oficial.
Análises laboratoriais identificaram impurezas acima do permitido, matérias estranhas e níveis excessivos de:
- Micotoxinas;
- Substâncias tóxicas produzidas por fungos.
Essas irregularidades infringem a Portaria nº 570/2022, que estabelece os padrões oficiais para o café torrado no Brasil.
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Baseada em informações do portal UOL, a equipe especializada em fiscalizações e serviços do Hora do Benefício traz abaixo mais detalhes sobre a situação:
Rotulagem enganosa e fraudes na composição:
As marcas reprovadas utilizavam denominações como “pó para preparo de bebida à base de café” ou “pó para preparo de bebida sabor café tradicional”, nomenclaturas não reconhecidas pela legislação brasileira.
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De acordo com a Abic, tais práticas configuram fraude ao consumidor, pois mascaram a verdadeira composição do produto.
Além disso, algumas empresas adicionam polpa de café — subproduto do processamento do grão — misturada à casca, considerada impureza.
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A Abic alerta que esse tipo de ingrediente não é regulamentado e pode conter riscos sanitários.
Defesas das marcas envolvidas
Até o momento, as marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial não se pronunciaram oficialmente sobre as determinações do Mapa. No entanto, o espaço segue em aberto caso a mesma queira expor a sua versão dos fatos.
Quais são os riscos de consumir café adulterado?
O consumo de cafés adulterados pode acarretar sérios riscos à saúde:
- Micotoxinas, como a ocratoxina A, estão associadas a efeitos nefrotóxicos;
- Além disso, traz um potencial carcinogênico;
- Podem conter impurezas como paus, pedras e cascas;
- Podem causar danos mecânicos ao trato gastrointestinal;
- Indicam falhas no processamento e armazenamento do produto.
Como comprar café com segurança?
Nesse contexto, para comprar um bom café sem grandes riscos, basta seguir o passo a passo abaixo:
- Primeiramente, verifique se o produto possui o Selo de Pureza da Abic, que atesta a ausência de adulterações.
- Leia atentamente o rótulo, evitando produtos com denominações não reconhecidas pela legislação.
- Por fim, desconfie de preços muito abaixo da média de mercado, pois podem indicar baixa qualidade ou adulterações.
Conclusão:
Em suma, o café é um patrimônio nacional que merece respeito em toda a sua cadeia produtiva.
As recentes fraudes identificadas pelo Mapa evidenciam a necessidade de fiscalização rigorosa e consumo consciente.
Ao escolher marcas certificadas e estar atento às informações no rótulo, o consumidor contribui para a valorização do produto e para a sua própria segurança alimentar.
A confiança no café brasileiro depende do compromisso de todos com a qualidade e a transparência. Mas, para saber mais sobre outros casos bizarros envolvendo a alimentação, clique aqui. *